Esses são os Caminhos da Longevidade
Olá, eu sou Dacio Villar e esse é www.caminhosdalongevidade.com.br.
O objetivo desse site é reunir e partilhar textos, imagens, fotos, vídeos e informações resultantes de nossos estudos sobre o envelhecimento, a longevidade e o desequilíbrio da pirâmide etária.
Consideramos necessário fazer esses registros, divulgar e estimular o debate sobre essas questões pela rapidez com que estão alterando nossas vidas, provocando desalento, abandono e o aumentando as desigualdades.
É imprescindível nos colocarmos ao alcance das pessoas, neste momento em que a humanidade passa por grandes e perigosas transformações.
Como tudo começou
Iniciamos nosso trabalho num momento em que começavam a ser percebidos os primeiros sinais de mudança nas relações familiares e sociais, com uma presença maior de pessoas mais envelhecidas e ativas. No entanto, foi também um período marcado pelo desenvolvimento de recursos e técnicas mais avançadas nos processos administrativos e de comunicação. Costumamos compreender esse ponto como o momento da transição entre o analógico e o digital e a adoção de um modelo político mais neoliberal.
Os avanços técnicos e a chegada das bigtechs, colocaram nossas vidas num processo acelerado de busca de resultados em todos os sentidos. Daí em diante, foi apenas uma questão de investimento; quem pôde dispor de maiores recursos, passou a dar saltos mais altos e mais rápidos.
Neste ambiente, a vida de todas as pessoas passou a seguir os moldes dos novos recursos tecnológicos de comunicação, compras e entretenimento. Esse novo cenário capturou nossas ações cotidianas, exigindo uma atenção muito além das nossas condições naturais.
Em contrapartida, a nossa noção de necessidade e de consumo, vem sendo alterada propositadamente, colocando todos os produtos disponíveis no mercado, literalmente na palma de nossas mãos.
Os grandes negócios, no entanto, passaram a ser feitos com recursos e resultados impalpáveis característicos do ambiente digital. No geral, as pessoas estão com sua atenção voltada para as oportunidades de realização de grandes negócios e de enriquecimento fácil e imediato. Os avanços, em quase todas as áreas dos conhecimentos, principalmente nesse universo digital, ofereceram aos agentes de negócios dessa financeirização predatória, condições de orientar investimentos de retorno imediato. No entanto, existem outras condições, como as ambientais, biológicas, sociológicas e econômicas que precisariam ser observadas com prioridade e atenção especial.
Tempo de cooperar e partilhar ideias
O que mais importa, neste momento, é o que cada um de nós representa neste contexto. Não é só uma questão de idade, de saberes e recursos pessoais. Tudo isso vai ficando em segundo plano. Os velhos paradigmas estão perdendo o seu significado. É indispensável usarmos todas as nossas habilidades em cooperar e partilhar ideias para evitar o estrago que se anuncia. O que cada um de nós sabe pode ser pouco ou parecer disperso e isolado, mas faz parte de um saber maior, o consciente coletivo que, este, sim, precisamos compreender e organizar urgentemente.
Quanto a mim, como coordenador deste trabalho, estou trazendo o resultado de um conjunto de estudos e práticas voltadas para a valorização da pessoa, o desenvolvimento de seus melhores recursos e a criação das melhores e mais humanas condições de trabalho e presença social.
Assim que encerrei as atividades da minha empresa de capacitação e consultoria, dediquei todos os meus recursos, de forma voluntária, ao apoio e desenvolvimento de pessoas em processo de envelhecimento.
Tempo de longevidade
Logo de início foi possível compreender que o envelhecimento no século XXI tinha novas características. Tratava-se de pessoas mais ativas, cognitivamente e preparadas para mais alguns bons anos de atividades produtivas; capazes de assumir novas responsabilidades profissionais, de empreender, assumir trabalhos sociais ou, até mesmo, dedicar-se a atividades políticas, culturais e artísticas.
Durante seis anos fui representante da instituição, uma OSCIP, junto ao Conselho dos Direitos da Pessoa Idosa. Depois disso, passei a coordenar o Projeto CEFE – Centro de Estudos e Formação para o Envelhecimento. No início, toda estrutura e informação disponível, tinha origem institucional, assistencial, jurídica e todo trabalho estava apoiado em políticas públicas. Levou algum tempo para podermos interagir com universidades e outros pesquisadores.
Agora, temos a compreensão de que não somos alguns ou muitos nesse processo de envelhecimento intensivo, mas que chegamos ao momento em que o Homo sapiens conquista o direito de não morrer prematuramente como seus ancestrais, podendo usar todo aprendizado de uma vida integrada aos processos produtivos para desenvolver uma Inteligência Humana Maior.
Agradeço o apoio e o estímulo indispensável de inúmeras pessoas amigas e parcerias com as quais pudemos realizar.
Obrigado pela sua atenção!